quarta-feira, agosto 16, 2006
quinta-feira, março 02, 2006
Cicciolina
Marcelo Bulgarelli
Quem diria. Aquela moça mal comportada, hoje está com 54 anos. A cinquentona Ilona Staler, famosa na década de 80 como Cicciolina, ainda tenta ganhar a vida no mundo pornô.
O auge da carreira foi aos 36 anos quando se popularizou em filmes de sexo explícito. Chegou a ‘contracenar’ com Jonh Holmes, o ator todo poderoso e bem dotado do universo pornô.
Cicciolina, em italiano, quer dizer “gracinha’, ‘amorzinho’. Em 1987, o ‘amorzinho’ obteve 20 mil votos pelo Partido Radical e acabou no Parlamento Italiano. Além de votos, ganhou muitos apertões. Ilona Staller é húngara. Nasceu em Budapeste, em 1951. A família dela era abastada. Portanto, sempre comeu o que quis. Mimada, abandonou o curso de medicina para se dedicar a carreira de modelo.
Casou com um italiano em 1976, mas o rapaz não agüentou o apelido de ‘alce” e pulou fora. Nessa altura, Cicciolina mantinha um programa na Radio Luna conhecido como ‘falatório pornô’. Curiosamente, se dizia católica.
Famosa, passou para filmes eróticos. Não foi o suficiente e mergulhou no sexo explícito. Rainha do marketing, em 1990 ela se ofereceu para ‘fazer amor’ com Saddam Hussein a fim de evitar a Guerra do Golfo. Recentemente, voltou a se oferecer como ‘salvadora das pátrias’ na Guerra do Iraque.
Os anos 90 não foram lá grande coisa para a musa pornô. Um tanto decadente, veio ao Brasil tentar salvar o Ibope das novelas eróticas da TV Manchete. A emissora afundou. (abaixo, um vídeo com um hit da pornstar no inicio de carreira, em 1981)
ALMANAQUE CASSETA
Marcelo Bulgarelli
O Almanaque Casseta Popular foi a versão em revista do jornal O Planeta Diário, ambos com o espírito anárquico que tomou conta do humor brasileiro a partir da segunda metade da década de 80.
Tudo começou no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com um jornalzinho mimeografado chamado Casseta Popular.
Foi uma brincadeira que foi crescendo, crescendo, absorvendo...
E no final de 1989, o mesmo grupo de Bussunda e Cia ainda gravou um compacto com a música “Mãe é Mãe” , politicamente incorreta.
A primeira edição do Almanaque Casseta Popular, saiu em março de 1986. A Casseta colaborava com O Planeta Diário e a turma acabou provocando a fusão dos dois grupos, o famoso Casseta & Planeta. A Globo apostou no grupo que substituiu o programa TV Pirata, a primeira tentativa de fazer algo na linha anárquica semelhante a adotada pelo grupo inglês Monthy Python. Porém, TV Pirata tinha um humor mais sofisticado, bem universitário. Casseta & Planeta - no ar até hoje - faz uma linha escrachada.
Hubert, um dos humoristas do grupo, disse que a origem do Casseta & Planeta foi durante o verão de 1988 no show ‘Eu vou tirar você desse lugar’, apresentado num horário alternativo do bar carioca Jazzmania.
O jornal Planeta Diário, com Hubert e Reinaldo, existia desde 1984 e fez muito sucesso com seu recheio nonsense - certa vez publicou a manchete hilariante: “Deputados comprados vieram com defeito.” Ou então : “Papa bota ovo na missa do galo”.
Recentemente, o humor de O Planeta Diário e do Almanaque Casseta Popular pode ser conferido nas edições especiais colocadas nas bancas de revista pela Mundo Estranho, uma divisão da Superinteressante. O preço é salgado: R$19,90. Quem diria que um jornalzinho universitário pudesse chegar a esse preço... História Completa de Casseta & Planeta mostra a trajetória dessa turma de estudantes que viviam desocupados e que resolveram virar desocupados milionários.
A saga, editada em três volumes, lembra personagens como Perry White, as Planetetes e Carlos Maçaranduba. Puro besteirol.
Flávio Cavalcanti
Nossos comerciais, por favor!". Esse era um dos bordões de Flávio Barbosa Cavalcanti, um dos apresentadores mais populares da televisão nas décadas de 70 e 80.
Começou em 1957 na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro. Na década de 60, ficou famoso por ter entrevistado Jonh Kennedy na Casa Branca e também fez a barba do perigoso Tenório Cavalcanti.
Na década seguinte, ficou famoso ao mostrar reportgens sensacionalistas , sempre com gestos teatrais.
Mesmo simpático ao regime militar, foi alvo da ditadura quando em março de 73 entrevistou um mineiro que havia emprestado a mulher a outro homem. O programa foi suspenso por 60 dias.
Mesmo conservador, também protegeu em sua casa, em Petrópolis, a atriz Leila Diniz, outro alvo da censura.
Será lembrado por quadros como Um Instante, Maestro que revelava talentos da MPB.
Morreu aos 63 anos quando apresentava seu programa no SBT.
A FESTA DO MONSTRO MALUCO
Atenção galera saudosa da época de ouro da Sessão da Tarde. Um daqueles filmes deliciosos que marcavam presença na telinha acaba de sair em DVD dentro da série Dark Side da Works Editora.
É ‘A Festa do Monstro Maluco’ (Mad Monster Party), animação feita na técnica stop motion, produzida em 1966.
E por falar em monstros, a animação quadro-a-quadro apresenta uma superfesta tendo como anfitrião o próprio Frankenstein. Esse é um verdadeiro cult de horror e comédia musical. Drácula, a Múmia, Corcunda de Notre Dame, Dr. Jackill e Sr Hidde (O Médico e o Monstro), Lobisomem e até o estabanado Felix Flanklin, o sobrinho do anfitrião e futuro herdeiro do tio.
O melhor do CD, além da qualidade de imagem, é a trilha sonora original em inglês e também em português (a mesma dublagem apresentada na Sessão da Tarde).
O DVD é vendido em banca e custa R$19,90 junto com a revista.
(Marcelo Bulgarelli)
MINI CANTOR
MORRIS ALBERT
23/10/2005 12:22
Durante a década de 70, muitos falsos astros internacionais tomavam conta do rádio. Adotavam um nome estrangeiro e cantavam em inglês. Entre os mais famosos, o grupo Pholhas ("My Mystake"), Light Reflections (`Tell me once again´) e até Fábio Júnior que cantava com o nove de Mark Davis.
Mas de todos falsos gringos, o mais famoso foi Maurício Alberto Kaiserman, conhecido como Morris Albert.
Numa noite de 1973, na Serra da Cantareira, em São Paulo, ele compôs em um só fôlego o megahit "Feellings".
A música ganhou o mundo. Frank Sinatra, Julio Iglesias, Gloria Gaynor e uma infinidade de medalhões da música norte-americana gravaram a composição do brasileiro. Morris Albert ficou milionário.
Mas a maior dificuldade foi emplacar outro sucesso. Gravou "She´s my girl" que não teve a mesma repercussão.
O pior viria depois. Na década de 80, o francês Lou Lou Gasté entrou na Justiça afimando que "Feelings" era um plágio de "Pour Toi", escrita por ele. Fim de carreira para Morris que hoje dirige um estúdio de gravação no Canadá.
Postado por marbulgarelli
FAMILIA DÓ RÉ MI
16/10/2005 15:05
A Paramount Pictures vai levar o popular seriado A Família Dó-Ré-Mi para o cinema. O estúdio comprou os direitos de adaptação do próprio criador do programa, o dramaturgo Bernard Sale. Exibida a partir de 1970 pela rede ABC nos Estados Unidos, A Família Dó-Ré-Mi fez sucesso nos quatro anos em que esteve no ar. A série seguia as aventuras da família Partridge, formada pela mãe Shirley (Shirley Jones) e seus cinco filhos músicos (entre eles David Cassidy e Susan Dey). O programa era embalado por canções típicas dos anos 70 e recebia como convidados celebridades em alta na época, como as Panteras originais, e até futuras estrelas do cinema, como Jodie Foster e Mark Hamill.
Postado por Marbulgarelli
TICO TICO
HÁ 100 ANOS...
10/10/2005 23:32
Desta vez nós fomos longe. Mas a viagem é válida. Em 11 de outubro de 1905, era publicada a primeira revista brasileira de quadrinhos para crianças. Era o Almanaque do Tico-Tico que entre seus inúmeros leitores, tinha Carlos Drummond de Andrade.
Postado por Marbulgarelli
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CASAS DA BANHA
07/10/2005 01:25
Década de 70. Todos queriam visitar 'O Porcão', o primeiro hipermercado do Estado do Rio. Era a maior loja da poderosa Casas da Banha. Em 1975, o supermercado vendia avião e até casa pré-fabricada. Me lembro também que foi a primeira vez que vi uma tevê em cores. Descobri que o fundo do cenário do Jornal Nacional (com o Cid Moreira) era azul. Na foto, uma publicidade da época com Kate Lyra e que tinha o slogan:
- Satisfeita com as compras?
- Satisfeitissima!
Postado por Marbulgarelli
CHEGA DE MÁGOA
01/10/2005 19:58
Marcelo Bulgarelli
5/07/2005
Parece que foi ontem quando aconteceu a versão tupiniquim de We Are The World. Um grupo de mega-astros dos Estados Unidos havia se reunido para cantar contra a fome na Etiópia. Michael Jackson, Stevie Wonder, Paul Simon e uma galera entoaram o refrão We Are The World pelos quatro cantos do mundo.
A manifestação inspirou a criação do compacto (aquele disquinho em vinil) Nordeste Já. Em maio de 1985 (Há 20 anos!) mais de 100 preciosas vozes brasileiras gravaram Chega de Mágoa, uma criação coletiva em ritmo de reggae composta por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Erasmo e Vinícius Cantuária.
O compacto foi distribuído nas agências da Caixa Econômica Federal ao preço de 10 mil cruzeiros cada. A renda prevista foi de 5 bilhões de cruzeiros (não sei traduzir isso para reais. Em 85, a inflação era galopante). O dinheiro serviria para construir casas no Nordeste. Chega de Mágoa tinha solos de Djavan, Rita Lee, Elizeth Cardoso, Gal Costa, Maria Bethânia, Paula Toller, Chico Buarque e Tim Maia. Na abertura, o piano de Wagner Tiso e a voz de Milton Nascimento. Na regência, Dori Caymmi. Uma pérola.
"Te quero água pra beber/ Um copo d´água/ Marola mansa da maré/ Mulher amada/Te quero orvalho toda manhã", cantavam. Do outro lado do compacto, o poema musicado Seca D´água de Patativa do Assaré.
Na foto acima, tente identificar algumas figurinhas fáceis: Alcione, Cláudio Nucci, João Nogueira; Caetano, Bethânia, Tunai, Djavan, Gil, Chico, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Ivan Lins, Fagner, Martinho da Vila e uma série de outros famosos. Nota: aquela menina de boca aberta e camisa branca, atrás da Maria Bethânia, é a Paula Toller aos vinte e poucos anos. A feia que ficou bela.
Postado por Marbulgarelli
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A ONDA RETRÔ
01/10/2005 19:49
Onda retrô é o mais novo filão do mercado
Marcelo Bulgarelli/Equipe O DIÁRIO - 22-08-2004
O matemático e cientista social Altair Aparecido Galvão acertou em cheio no artigo publicado em O DIÁRIO na edição de 30 de julho, sobre a Síndrome dos Kidults, a tentativa de adultos em retornarem ao passado sadio da infância perdida e reencontrada.
Kidults ou não, ou talvez apenas saudosistas, o fato é que os marmanjos entre 30 e 45 anos fazem parte das duas primeiras gerações criadas em plena indústria cultural, via cinema, história em quadrinhos. A mesma indústria que encontrou na televisão o canal para vender guloseimas, vestuário, brinquedos e todo tipo de quinquilharias.
Agora, o efeito xuxu beleza: a mesma industria cultural descobriu essa onda retrô que vai desde revistas, produtos alimentícios, sites especializados... É uma brasa, mora? (Acho que esse bordão é da década de 60). E dispare a primeira foto aquele que nunca teve uma Kodak Instamatica com aquele flash em formato de cubo...
Lembre-se: quem pede Grapette repete. A criança que não virou um ?Sugismundo? (lembra?) e está na faixa dos 30 a 45 anos sabe do que se trata. São as lembranças de uma infância em meio a programação de tevê, quinquilharias, alimentos calóricos, lendas urbanas (lembra da loira do banheiro?), hits de gosto duvidoso, cantores e bandas que pareciam descartáveis, jingles comerciais.
A Editora Abril aposta no sucesso da recém-lançada Flashback (nas bancas), revista que vem acompanhada de um CD com 30 jingles ?inesquecíveis?. São clássicos como o da ducha Corona: ?Apanho um sabonete, pego uma canção e vou cantando sorridente; duchas Corona um banho de alegria num mundo de água quente?. Lançado em 72, o jingle ainda teria uma versão impublicável cantada nos pátios das escolas.
A ERA ?DISCO?
?A pior saudade é a do não vivido?, filosofa o historiador maringaense Reginaldo Dias, 42, saudosista dos antigos cinemas Horizonte e Ouro Preto. Esse último marcou a década de 70 e ficava perto da praça Rocha Pombo. Mas muita gente acompanhou Reginaldo imitando Jonh Travolta ao som dos Bee Gees na pista da Senzala, discoteca ícone do final dos 70 em Maringá.
Situada a rua Neo Alves Martins, entre as avenidas Herval e Piratininga, a Senzala (dirigida por Calijuri) representou o desbunde do final dos anos de chumbo. Santa Esmeralda, Patrick Hernandez (Born to be alive!) KC and the Sunshine Band (Shake, Shake, Shake!) e outras pepitas empedradas rolavam nas caixas enquanto o mundo girava no globo de espelhos.
E quem não tem saudade que seque a primeira lágrima. Ou dê uma boa risada. Coloque esses sucessos numa festa e você vai perceber a pista invadida por quarentões. Não dançam como antigamente, é verdade. Mas esquecendo a vergonha do ridículo, é só colocar um peruca black power, roupas estampadas, medalhas no peito... (Os quarentões que me perdoe, mas a moda anos 70 foi expressamente de mau gosto).
Mas tudo é festa. O empresário da noite, Osler Colombari, completou seus 30 anos e seu bar ao som do melhor som dos 70. Ao som do Abba, os amigos e parentes fizeram a festa no MPB Bar, local de forte inspiração setentista. ?Cresci ouvindo o melhor da MPB, mas também conheci Pink Floyd, Bee Gees?, revela.
Daísa Poltronieri, produtora cultural, lembra da juventude bem vivida em 1978, ápice da moda ?disco?. Foi a rainha das discotecas, consagrada até no Rio de Janeiro. Poltronieri frequentava o concorrente direto do Senzala, a Sheiks, do Bira, situada na esquina da rua Santos Dumont com avenida Herval.
Na tevê, Sonia Braga brilhava em Dancin Days. Nos Estados Unidos, estreava Saturday Night fever ? Os Embalos de Sábado a Noite. A trilha sonora gastou as agulhas das vitrolas em todo o mundo. E numa promoção de O DIÁRIO e TV Cultura, foi realizado o grande concurso de dança da cidade.
?Eu fazia par com o Pedro Paulo Davantel?, entrega Poltronieri. Hoje, o antigo parceiro de dança é fisioterapeuta. Os dois dançavam ao som das Frenéticas, grupo criado por Nelson Mota e formado por ex-garçonetes da boate Frenetic Dancin Days, do Morro da Urca, no Rio de Janeiro (Abra as suas asas, solte as suas feras!).
A procura pelo concurso foi muito grande e a seleção teve de ser transferida para a Casa da Amizade, do Rotary Club, na avenida Cerro Azul. Poltronieri e Davantel levaram o primeiro prêmio entregue pelo prefeito João Paulino. Além do troféu, ganharam uma viagem de uma semana no Rio de Janeiro. ?Dançamos na Papagayo´s e fomos muito aplaudidos?, revela a rainha da discoteca.
Nas pistas, rolava Barry White, Billy Paul. Até então, os rapazes não tinham vergonha em dançar ?I Will Survive? na voz de Gloria Gaynor. Muito menos sabiam que o hit ?Macho Man? era cantado pelo grupo gay Village People, formado por rapazes sarados e vestidos com roupas de diferentes etnias e profissões.
NA TELINHA
Na tevê, ícones inesquecíveis como os seriados sessentistas Jeannie é um Gênio e A Feiticeira cujo personagem favorito era a Tabatha. Fez tanto sucesso que ainda hoje encontramos mulheres quarentonas com o nome da pequena feiticeira.
Ligar o aparelho de tevê (Colorado RQ, Telefunken...) também era um momento mágico. As válvulas demoravam a esquentar. Quando era desligado, ficava um ponto branco no meio da tela. Só para situarmos no tempo, até o início da década de 70 a maioria das tevês era em preto e branco. Pra disfarçar, teve gente que chegou a usar uma transparência com barras coloridas.
E embarcamos no Túnel do Tempo rumo à Terra de Gigantes : Banana Splits (o quarteto infantil psicodélico e a adorável música do ?tra lá lá?), Agente 86, Alf ? o ETeimoso, Vila Sésamo, Sitio do Pica-pau Amarelo, Capitão Aza, Topo Gigio, família Barbapapa, Mio e Mao, Globinho, Tv Tupi, Clube dos Artistas, Flavio Cavalcanti...
O maringaense Carlos Augusto Ferreira é um quarentão com gosto por seriados do tempo da tevê preto e branco. Morava num sítio e a sua grande felicidade era assistir Túnel do Tempo, Viagem ao Fundo do Mar, Jornada nas Estrelas. Recentemente, adquiriu diversas cópias de episódios de Daniel Boone (Daniel was a man, a big man!). ?Não vendo, não gravo. Não adianta insistir?, adverte ele, antes de outro quarentão solicitar uma cópia.
Entre suas preciosidades (Awika!), episódios de National Kid, seriado japonês da década de 60. Ou então, detalhes como o certificado da censura usado antes do início de casa filme, novela ou programa de tevê. Hoje, isso pode soar como algo conservador. Mas era um charme... Sem esquecer do antiecológico desenho Speed Racer em que o herói para ganhar a corrida dizima uma floresta inteira com o próprio carro.
Um seriado, porém, passou longe dos paranaenses, mas marcou época no eixo Rio-São Paulo. Trata-se de ?Vigilante Rodoviário?, as aventuras do policial Carlos e do cachorro Lobo. O radialista Dirceu Gomes de Mattos morava no interior paulista quando assistia as histórias: ?O ator que fazia o policial Carlos gostou tanto do personagem que entrou para a Policia Rodoviária quando a série terminou?, comenta Mattos, emocionado.
NA TELONA
E nos cinemas? Tubarão, King Kong 2, Caçadores da Arca Perdida, Exorcista, Guerra nas Estrelas, Poltergeist, sem esquecer dos filmes de férias da turma dos Trapalhões. No baleiro do Cine Plaza se pedia uma caixa de Mentex, chocolate Lollo, drops Dulcora, balas Paulistinha ou Juquinha, Lanches Mirabel, bala bonequinho, guarda-chuvas de chocolate...
E o que hoje é politicamente incorreto ou criminoso, passava despercebido na época. Quem nunca saboreou cigarrinhos de chocolate da Pan? A embalagem trazia dois meninos fingindo que estavam fumando (!).Ninguém questionava frases como ?colorido artificialmente? e ingeria sem culpa drops em pó (Kiko), suquinho na laranjinha de plástico ou o calórico Mandiopã, aquele salgadinho mergulhado no óleo. (Na lancheira, café com leite frio e sanduíche molhado: uma inhaca!).
NA VITROLA
Anos 80: meninas, tremei (ou Tremendo)! Aí vem os Menudos! E eles se apresentam em Londrina, em pleno Estádio do Café! A diretora administrativa da Rádio CULTURA AM, Patrícia Vieira, revela: ?Eu era fã dos Menudos. Saíram uns três ônibus de Maringá só para o show?.
Na mesma década, o LP da Blitz com a indefectível ?Você não soube me amar?. O disco tinha umas doze faixas, mas duas delas apareciam literalmente riscadas. Era obra da censura federal ainda tentando zelar pelos ?bons costumes? naquele efervescente verão de 1982. Menina Veneno, Eu Sou Free Demais... ?Disco é cultura?, dizia a contracapa.
Cada um de nós possui a trilha sonora de suas vidas. Mas não precisa ser tão nostálgico. Se quiser, experimente um CD do mineiro Emmerson Nogueira. São gravações acústicas da memória musical dos últimos 40 anos. Tem tudo lá. Dos anos 60 aos 80, músicas internacionais em arranjos não datados.
Se Nogueira é moderno ou ?clean? demais, o saudosista pode investir em ?Hits Again? coletânea da Som Livre com cantores nacionais cantando em inglês. Músicas meio breguinhas e irressistíveis com os desconhecidos Mark Davis (Fábio Júnior!), Pholhas (sucesso com ?My Mistake?) e Christian (?Don´t Say Goodbye?) que depois descambaria para sertanejo ao lado do irmão Ralf.
Todos são de uma época em que a música americana dominava as rádios. Cantar em inglês, então, era a melhor forma de ganhar o pão. Além disso, esses cantores faziam ?covers? de sucessos internacionais numa época em que as músicas originais demoravam até seis meses para atravessar o Atlântico. Em tempo: Reginaldo Dias adora essas velharias musicais e ainda coleciona músicas bregas de Odair José e Cia.
NO JORNALEIRO
Nas bancas, a revista Pop (adolescentes), Status (revista masculina) ou Cruzeiro (estilo Manchete) e a Playboy com a Xuxa pelada. Hoje a raríssima edição foi vendida por R$ 2 mil na internet, mas em Maringá um sebo está vendendo o ensaio com a famosa beldade por módicos R$ 300.
E perceba a volta da revista Recreio (relançada há cinco anos), dos discos coloridos com historias infantis (Coleção Disquinho, agora na versão CD), Coca Cola em vasilhame de vidro (também de volta ao mercado) .São alguns produtos que tentam ainda capitalizar a infância dos pais para os filhos de hoje. Até a sandália Melissa dá sinais de retorno...
NO ESTÁDIO
No esporte, o Flamengo de 1979, o primeiro campeonato do Corintians após duas décadas de jejum. (O sonho era acertar na loteca!), o calçado kichute (ou tênis Bamba ou Conga), a derrota pra Itália em 1982, João do Pulo, os uniformes Adidas com listras nas laterais. E o Grêmio campeão paranaense em 77! Sem falar no Londrina Esporte Clube que ganhava todas e recebeu o apelido de Tubarão devido ao sucesso do filme do Steven Spilberg!
E na arquibancada, sorvete de Kibon, Yopa ou da Gelatto (Dá-me um corneto!). Calças boca de sino, sapatos ?cavalo de aço? , camisas com gola gigante lavadas com sabão Rinso e cheiro de Pinho Campos do Jordão. Drops Kids de hortelã ou balas Soft (quem nunca engoliu uma inteira?), sodinha... No dedo, anel que vinha junto com o chiclete Ping Pong.
BRINQUEDOS
Entre os brinquedos, as fofoletes, a boneca Amiguinha, Suzy, Beijoca, bonecas de papel com roupinhas para vesti-las, Telejogo, Atari, a Ilha Secreta (dos Thumderbirds, hoje uma raridade), Cubo Mágico, bola ?dente de leite?, carrinhos de ferro, Genius, Atari, Telejogo, Pega Pega Troll, Velotrol, Tonka, Spirograf, canetas Sylvapen, Playmobil, piscinas Toni, as fábricas Glasslite, Coluna, Mimo e Atma. Jogos como Detetive, Combate e o clássico War.
E os animais de estimação: a moda dos hamsters e a breve passagem dos Kikos Marinhos ? o maior engodo da história. A criança jogava um pozinho na água e esperava os ?monstrinhos? crescerem. Na verdade, eram peixinhos ordinários que não duravam muito tempo.
Pois é. Você começa a perceber que está ficando velho quando tem saudades até de embalagem de chocolate. Sinais de velhice: não se conformar que o chocolate Lollo agora chama-se Milkbar; ou não comer manteiga Aviação que não seja de latinha. Pior: ter saudades do Biotônico Fontoura ou Emulsão de Scott. As mães insistiam nessas ?vitaminas? e as crianças fugiam pelo telhado. Mas ainda é melhor do que ter as terríveis aulas de moral e cívica...
Bom, já é hora de dormir, o mundo gira, a Lusitânia roda e o rocombole Pulmman bole-bole. A Atma é ótima. (Há um cheiro de Alfazema no ar ou será de Leite de Rosas?). Não perca o próximo capítulo...
SERVIÇO
Na internet www.retrotv.com.br - www.memorychips.com.br; na tevê por assinatura: Retrô TV;
Boomerang e sábados a tarde na Fox; nas bancas, revista Flashback; no rádio, às 11h10, jingles inesquecíveis na CBN; nas lojas, CDs de Emmerson Nogueira, Hits Brasil e outras ofertas.
Postado por Marbulgarelli
Onda retrô é o mais novo filão do mercado
Marcelo Bulgarelli/Equipe O DIÁRIO - 22-08-2004
O matemático e cientista social Altair Aparecido Galvão acertou em cheio no artigo publicado em O DIÁRIO na edição de 30 de julho, sobre a Síndrome dos Kidults, a tentativa de adultos em retornarem ao passado sadio da infância perdida e reencontrada.
Kidults ou não, ou talvez apenas saudosistas, o fato é que os marmanjos entre 30 e 45 anos fazem parte das duas primeiras gerações criadas em plena indústria cultural, via cinema, história em quadrinhos. A mesma indústria que encontrou na televisão o canal para vender guloseimas, vestuário, brinquedos e todo tipo de quinquilharias.
Agora, o efeito xuxu beleza: a mesma industria cultural descobriu essa onda retrô que vai desde revistas, produtos alimentícios, sites especializados... É uma brasa, mora? (Acho que esse bordão é da década de 60). E dispare a primeira foto aquele que nunca teve uma Kodak Instamatica com aquele flash em formato de cubo...
Lembre-se: quem pede Grapette repete. A criança que não virou um ?Sugismundo? (lembra?) e está na faixa dos 30 a 45 anos sabe do que se trata. São as lembranças de uma infância em meio a programação de tevê, quinquilharias, alimentos calóricos, lendas urbanas (lembra da loira do banheiro?), hits de gosto duvidoso, cantores e bandas que pareciam descartáveis, jingles comerciais.
A Editora Abril aposta no sucesso da recém-lançada Flashback (nas bancas), revista que vem acompanhada de um CD com 30 jingles ?inesquecíveis?. São clássicos como o da ducha Corona: ?Apanho um sabonete, pego uma canção e vou cantando sorridente; duchas Corona um banho de alegria num mundo de água quente?. Lançado em 72, o jingle ainda teria uma versão impublicável cantada nos pátios das escolas.
A ERA ?DISCO?
?A pior saudade é a do não vivido?, filosofa o historiador maringaense Reginaldo Dias, 42, saudosista dos antigos cinemas Horizonte e Ouro Preto. Esse último marcou a década de 70 e ficava perto da praça Rocha Pombo. Mas muita gente acompanhou Reginaldo imitando Jonh Travolta ao som dos Bee Gees na pista da Senzala, discoteca ícone do final dos 70 em Maringá.
Situada a rua Neo Alves Martins, entre as avenidas Herval e Piratininga, a Senzala (dirigida por Calijuri) representou o desbunde do final dos anos de chumbo. Santa Esmeralda, Patrick Hernandez (Born to be alive!) KC and the Sunshine Band (Shake, Shake, Shake!) e outras pepitas empedradas rolavam nas caixas enquanto o mundo girava no globo de espelhos.
E quem não tem saudade que seque a primeira lágrima. Ou dê uma boa risada. Coloque esses sucessos numa festa e você vai perceber a pista invadida por quarentões. Não dançam como antigamente, é verdade. Mas esquecendo a vergonha do ridículo, é só colocar um peruca black power, roupas estampadas, medalhas no peito... (Os quarentões que me perdoe, mas a moda anos 70 foi expressamente de mau gosto).
Mas tudo é festa. O empresário da noite, Osler Colombari, completou seus 30 anos e seu bar ao som do melhor som dos 70. Ao som do Abba, os amigos e parentes fizeram a festa no MPB Bar, local de forte inspiração setentista. ?Cresci ouvindo o melhor da MPB, mas também conheci Pink Floyd, Bee Gees?, revela.
Daísa Poltronieri, produtora cultural, lembra da juventude bem vivida em 1978, ápice da moda ?disco?. Foi a rainha das discotecas, consagrada até no Rio de Janeiro. Poltronieri frequentava o concorrente direto do Senzala, a Sheiks, do Bira, situada na esquina da rua Santos Dumont com avenida Herval.
Na tevê, Sonia Braga brilhava em Dancin Days. Nos Estados Unidos, estreava Saturday Night fever ? Os Embalos de Sábado a Noite. A trilha sonora gastou as agulhas das vitrolas em todo o mundo. E numa promoção de O DIÁRIO e TV Cultura, foi realizado o grande concurso de dança da cidade.
?Eu fazia par com o Pedro Paulo Davantel?, entrega Poltronieri. Hoje, o antigo parceiro de dança é fisioterapeuta. Os dois dançavam ao som das Frenéticas, grupo criado por Nelson Mota e formado por ex-garçonetes da boate Frenetic Dancin Days, do Morro da Urca, no Rio de Janeiro (Abra as suas asas, solte as suas feras!).
A procura pelo concurso foi muito grande e a seleção teve de ser transferida para a Casa da Amizade, do Rotary Club, na avenida Cerro Azul. Poltronieri e Davantel levaram o primeiro prêmio entregue pelo prefeito João Paulino. Além do troféu, ganharam uma viagem de uma semana no Rio de Janeiro. ?Dançamos na Papagayo´s e fomos muito aplaudidos?, revela a rainha da discoteca.
Nas pistas, rolava Barry White, Billy Paul. Até então, os rapazes não tinham vergonha em dançar ?I Will Survive? na voz de Gloria Gaynor. Muito menos sabiam que o hit ?Macho Man? era cantado pelo grupo gay Village People, formado por rapazes sarados e vestidos com roupas de diferentes etnias e profissões.
NA TELINHA
Na tevê, ícones inesquecíveis como os seriados sessentistas Jeannie é um Gênio e A Feiticeira cujo personagem favorito era a Tabatha. Fez tanto sucesso que ainda hoje encontramos mulheres quarentonas com o nome da pequena feiticeira.
Ligar o aparelho de tevê (Colorado RQ, Telefunken...) também era um momento mágico. As válvulas demoravam a esquentar. Quando era desligado, ficava um ponto branco no meio da tela. Só para situarmos no tempo, até o início da década de 70 a maioria das tevês era em preto e branco. Pra disfarçar, teve gente que chegou a usar uma transparência com barras coloridas.
E embarcamos no Túnel do Tempo rumo à Terra de Gigantes : Banana Splits (o quarteto infantil psicodélico e a adorável música do ?tra lá lá?), Agente 86, Alf ? o ETeimoso, Vila Sésamo, Sitio do Pica-pau Amarelo, Capitão Aza, Topo Gigio, família Barbapapa, Mio e Mao, Globinho, Tv Tupi, Clube dos Artistas, Flavio Cavalcanti...
O maringaense Carlos Augusto Ferreira é um quarentão com gosto por seriados do tempo da tevê preto e branco. Morava num sítio e a sua grande felicidade era assistir Túnel do Tempo, Viagem ao Fundo do Mar, Jornada nas Estrelas. Recentemente, adquiriu diversas cópias de episódios de Daniel Boone (Daniel was a man, a big man!). ?Não vendo, não gravo. Não adianta insistir?, adverte ele, antes de outro quarentão solicitar uma cópia.
Entre suas preciosidades (Awika!), episódios de National Kid, seriado japonês da década de 60. Ou então, detalhes como o certificado da censura usado antes do início de casa filme, novela ou programa de tevê. Hoje, isso pode soar como algo conservador. Mas era um charme... Sem esquecer do antiecológico desenho Speed Racer em que o herói para ganhar a corrida dizima uma floresta inteira com o próprio carro.
Um seriado, porém, passou longe dos paranaenses, mas marcou época no eixo Rio-São Paulo. Trata-se de ?Vigilante Rodoviário?, as aventuras do policial Carlos e do cachorro Lobo. O radialista Dirceu Gomes de Mattos morava no interior paulista quando assistia as histórias: ?O ator que fazia o policial Carlos gostou tanto do personagem que entrou para a Policia Rodoviária quando a série terminou?, comenta Mattos, emocionado.
NA TELONA
E nos cinemas? Tubarão, King Kong 2, Caçadores da Arca Perdida, Exorcista, Guerra nas Estrelas, Poltergeist, sem esquecer dos filmes de férias da turma dos Trapalhões. No baleiro do Cine Plaza se pedia uma caixa de Mentex, chocolate Lollo, drops Dulcora, balas Paulistinha ou Juquinha, Lanches Mirabel, bala bonequinho, guarda-chuvas de chocolate...
E o que hoje é politicamente incorreto ou criminoso, passava despercebido na época. Quem nunca saboreou cigarrinhos de chocolate da Pan? A embalagem trazia dois meninos fingindo que estavam fumando (!).Ninguém questionava frases como ?colorido artificialmente? e ingeria sem culpa drops em pó (Kiko), suquinho na laranjinha de plástico ou o calórico Mandiopã, aquele salgadinho mergulhado no óleo. (Na lancheira, café com leite frio e sanduíche molhado: uma inhaca!).
NA VITROLA
Anos 80: meninas, tremei (ou Tremendo)! Aí vem os Menudos! E eles se apresentam em Londrina, em pleno Estádio do Café! A diretora administrativa da Rádio CULTURA AM, Patrícia Vieira, revela: ?Eu era fã dos Menudos. Saíram uns três ônibus de Maringá só para o show?.
Na mesma década, o LP da Blitz com a indefectível ?Você não soube me amar?. O disco tinha umas doze faixas, mas duas delas apareciam literalmente riscadas. Era obra da censura federal ainda tentando zelar pelos ?bons costumes? naquele efervescente verão de 1982. Menina Veneno, Eu Sou Free Demais... ?Disco é cultura?, dizia a contracapa.
Cada um de nós possui a trilha sonora de suas vidas. Mas não precisa ser tão nostálgico. Se quiser, experimente um CD do mineiro Emmerson Nogueira. São gravações acústicas da memória musical dos últimos 40 anos. Tem tudo lá. Dos anos 60 aos 80, músicas internacionais em arranjos não datados.
Se Nogueira é moderno ou ?clean? demais, o saudosista pode investir em ?Hits Again? coletânea da Som Livre com cantores nacionais cantando em inglês. Músicas meio breguinhas e irressistíveis com os desconhecidos Mark Davis (Fábio Júnior!), Pholhas (sucesso com ?My Mistake?) e Christian (?Don´t Say Goodbye?) que depois descambaria para sertanejo ao lado do irmão Ralf.
Todos são de uma época em que a música americana dominava as rádios. Cantar em inglês, então, era a melhor forma de ganhar o pão. Além disso, esses cantores faziam ?covers? de sucessos internacionais numa época em que as músicas originais demoravam até seis meses para atravessar o Atlântico. Em tempo: Reginaldo Dias adora essas velharias musicais e ainda coleciona músicas bregas de Odair José e Cia.
NO JORNALEIRO
Nas bancas, a revista Pop (adolescentes), Status (revista masculina) ou Cruzeiro (estilo Manchete) e a Playboy com a Xuxa pelada. Hoje a raríssima edição foi vendida por R$ 2 mil na internet, mas em Maringá um sebo está vendendo o ensaio com a famosa beldade por módicos R$ 300.
E perceba a volta da revista Recreio (relançada há cinco anos), dos discos coloridos com historias infantis (Coleção Disquinho, agora na versão CD), Coca Cola em vasilhame de vidro (também de volta ao mercado) .São alguns produtos que tentam ainda capitalizar a infância dos pais para os filhos de hoje. Até a sandália Melissa dá sinais de retorno...
NO ESTÁDIO
No esporte, o Flamengo de 1979, o primeiro campeonato do Corintians após duas décadas de jejum. (O sonho era acertar na loteca!), o calçado kichute (ou tênis Bamba ou Conga), a derrota pra Itália em 1982, João do Pulo, os uniformes Adidas com listras nas laterais. E o Grêmio campeão paranaense em 77! Sem falar no Londrina Esporte Clube que ganhava todas e recebeu o apelido de Tubarão devido ao sucesso do filme do Steven Spilberg!
E na arquibancada, sorvete de Kibon, Yopa ou da Gelatto (Dá-me um corneto!). Calças boca de sino, sapatos ?cavalo de aço? , camisas com gola gigante lavadas com sabão Rinso e cheiro de Pinho Campos do Jordão. Drops Kids de hortelã ou balas Soft (quem nunca engoliu uma inteira?), sodinha... No dedo, anel que vinha junto com o chiclete Ping Pong.
BRINQUEDOS
Entre os brinquedos, as fofoletes, a boneca Amiguinha, Suzy, Beijoca, bonecas de papel com roupinhas para vesti-las, Telejogo, Atari, a Ilha Secreta (dos Thumderbirds, hoje uma raridade), Cubo Mágico, bola ?dente de leite?, carrinhos de ferro, Genius, Atari, Telejogo, Pega Pega Troll, Velotrol, Tonka, Spirograf, canetas Sylvapen, Playmobil, piscinas Toni, as fábricas Glasslite, Coluna, Mimo e Atma. Jogos como Detetive, Combate e o clássico War.
E os animais de estimação: a moda dos hamsters e a breve passagem dos Kikos Marinhos ? o maior engodo da história. A criança jogava um pozinho na água e esperava os ?monstrinhos? crescerem. Na verdade, eram peixinhos ordinários que não duravam muito tempo.
Pois é. Você começa a perceber que está ficando velho quando tem saudades até de embalagem de chocolate. Sinais de velhice: não se conformar que o chocolate Lollo agora chama-se Milkbar; ou não comer manteiga Aviação que não seja de latinha. Pior: ter saudades do Biotônico Fontoura ou Emulsão de Scott. As mães insistiam nessas ?vitaminas? e as crianças fugiam pelo telhado. Mas ainda é melhor do que ter as terríveis aulas de moral e cívica...
Bom, já é hora de dormir, o mundo gira, a Lusitânia roda e o rocombole Pulmman bole-bole. A Atma é ótima. (Há um cheiro de Alfazema no ar ou será de Leite de Rosas?). Não perca o próximo capítulo...
SERVIÇO
Na internet www.retrotv.com.br - www.memorychips.com.br; na tevê por assinatura: Retrô TV;
Boomerang e sábados a tarde na Fox; nas bancas, revista Flashback; no rádio, às 11h10, jingles inesquecíveis na CBN; nas lojas, CDs de Emmerson Nogueira, Hits Brasil e outras ofertas.
Postado por Marbulgarelli
VIGILANTE RODOVIÁRIO
01/10/2005 19:29
Marcelo Bulgarelli/Equipe O Diário
'De noite ou de dia, firme no volante, vai pela rodovia, bravo vigilante. Quem está na faixa dos 50 anos e passou a infância nos estados do Rio ou de São Paulo, sabe cantar a música tema do Vigilante Rodoviário, primeiro seriado filmado brasileiro.
Os enredos eram ingênuos, mas até hoje são deliciosos de assistir. Artigo de colecionadores, a série é guardada a sete chaves pelos fãs do policial Carlos e do pastor alemão conhecido como Lobo.
Tudo se passava pelas estradas do país nos Sincas Chambord Três Andorinhas e os bandidos em DKWs.. No elenco, algumas beldades do cinema nacional, como Lola Brah (de ?Floradas na Serra?). Todas eram salvas ou gratas ao vigilante Carlos, interpretado pelo ator Carlos Miranda. ?Pegue-o, Lobo?, exclamava o policial.
Curiosamente, o ator Carlos Miranda ingressou na policia rodoviária assim que o seriado terminou. Fez carreira, no melhor estilo ?a vida imita a arte?.
Em 1978, Vigilante Rodoviário teria uma versão para o cinema. O filme foi rodado em cores na cidade paulista de Atibaia pelo criador do personagem, Ary Fernandes. Ele também foi o produtor e autor do roteiro Nessa versão, o vigilante foi interpretado pelo ator Antônio Fonzar. Mas os tempos já eram outros e a imagem pregada na memória pertence a Carlos Miranda.
marcelo@odiariomaringa.com.br
Postado por Marbulgarelli
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NATIONAL KID
01/10/2005 19:22
Eu devia ter uns três ou quatro anos quando sonhava com homens com capuzes pretos e com uma estranha linguagem que só o meu irmão mais velho entendia.
O trauma só terminou quando anos mais tarde, descobri que tais homens eram os Seres Abissais e que o meu irmão era fã de um herói japonês com um pompom na testa.
National Kid não é da minha geração, mas sempre foi um ícone do início dos seriados de super-heróis da tevê.
Era um seriado em preto e branco, escuro. Cinquentões adoram até hoje.
Tempos atrás, um cinema no Rio resolveu fazer sessões de filmes com National Kids. As crianças odiaram, porém, os papais marmanjos choraram de emoção.
Hoje, Ichiro Kojima, um dos dois atores que encarnaram o professor Massao Hata, identidade secreta do herói do National Kid, trabalha num escritório em Tókio( Já deve estar aposentado).
National Kid foi um seriado concebido em 1960. Fazia parte da campanha promocional para o lançamento de um rádio de pilhas transistorizado, o primeiro fabricado pela companhia National. Daí o nome do herói.
Transmitido semanalmente pela TV Record (1966 a 1969), contava com quatro histórias envolvendo os Seres Abissais (odeio eles!) e os Incas Venusianos.
Bons tempos em que o meu pesadelo era sonhar com seres toscos e de borracha. Auika!
Postado por Marbulgarelli
CELACANTO PROVOCA MAREMOTO
Quando celacanto provocava maremoto ...
30/09/2005 01:25
Um grande enigma da minha infância era uma frase espalhada em ruas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Alguns juram que a viram até em Nova Iorque e Londres, mas eu não duvido.
Era 1977 quando um estranho grafite começou a aparecer nos muros: "Celacanto provoca Maremoto".
Naqueles tempo bicudos da ditadura, os possíveis autores daquele enigma foram investigados. Os militares, porém, nunca encontraram esses supostos "subversivos".
Agora, em pleno século 21, o jornalista carioca Carlos Alberto Teixeira admite ter sido o autor da famosa frase. Em entrevista ao site mundinhopop.com.br Ele revelou que a origem de tudo passa pelo seriado chamado "National Kid", exibido na década de 60.
Um dos episódios era sobre os seres abissais, e um deles era o peixe chamado celacanto.
Num dado momento, o maléfico Dr. Sanada dizia que o "Celacanto provoca maremoto".
A frase ficou na cabeça de Carlos até 1977, quando ele bolou no caderno a tal frase. Tinha 17 anos, na época. A brincadeira cresceu e formou-se uma equipe de 25 pessoas para as pixações.
Na mesma época, lembra Carlos, havia uma outra pichação, o Lerfá Mu, uma coisa de maconha cujo o nome deu origem a um curta-metragem homônimo. "Tanto eu quanto esse Lerfá Mu estudávamos na PUC do Rio, e começamos uma batalha nos banheiros, que ficavam totalmente rabiscados: eu ofendendo o Lerfá Mu, ele respondendo...", revelou o jornalista ao site.
Anos depois, decobriu que o autor de Lerfa Mu, um rapaz chamado Guilherme, havia morrido de cirrose hepática.
Certa vez, Carlos concedeu uma entrevista para o Jornal do Brasil. Admitiu ser o autor da famosa frase e ficou famoso.
Uns dez anos depois, recebeu um telefonema da TV Manchete. Pediram a ele para fazer um grafite de um cenário do programa da Angélica, na TV Manchete.
Carlos deu um preço exorbitante, mas a produção topou. "Acabei ganhando dinheiro como artista plástico. Tenho o recibo lá em casa até hoje, "Carlos Alberto Teixeira, artista plástico", graças ao "Celacanto Provoca Maremoto".
Durante os anos posteriores, surgiram vários pichadores que se diziam ser os autores do "Celacanto".
Porém, Carlos lembra que ele mesmo só pichava tapume e parede. Jamais sujou pedra, monumento ou árvore.
Postado por Marbulgarelli
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BAIANO E OS NOVOS CAETANOS
Vou batê pra tu batê...
28/09/2005 02:14
Marcelo Bulgarelli
Transcorriam os anos de 74 e 75. Nos rádios AM, muita música estrangeira dividindo espaço com cantores populares. Na tevê, Chico City na Rede Globo. Na cadeia, os baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil. Tudo isso debaixo de muita censura.
Foi quando Chico Anísio ao lado do genial Arnauld Rodrigues resolveram criar a dupla Baiano e Paulinho, ou "Baiano e os Novos Caetanos". O resultado gerou um disco antológico com os dois personagens, lançado em 1974.
O LP começa bem com "Vou batê pa tu batê", uma referência aos dedos-duros que colaboravam com o sistema político repressivo.
As letras eram divertidas , junto com uma excelente base instrumental. Um exemplo é "Urubu Tá com Raiva do Boi" (sobre a situação econômica) sem falar de "Folia de Reis", uma das composições mais populares do LP.
A dupla ainda lançariam outro LP, pela Som Livre mas sem obter o mesmo sucesso. Atualmente, "Vou Batê Pa Tu Batê" (composta por Orlandivo) faz sucesso nas pistas de São Paulo onde é possível ouvir muito samba-rock.
Postado por Marbulgarelli
TOMMY
25/09/2005 22:06
Marcelo Bulgarelli/Equipe O Diário
Para muitos, o filme envelheceu. Alguns o detestam. Para uma legião, um dos verdadeiros ?cult-movies? dos anos 70. A ópera-rock ?Tommy? conta a história de um garoto que testemunha a mãe e o padrasto matar seu pai.
O trauma é tão grande que o menino fica cego, surdo e mudo. Mais tarde, se ?cura milagrosamente e se torna guru de uma seita que prega o autoconhecimento?. No entreato, virou o ?superstar? de fliperama. Os diálogos são todos cantados.
A imagem mais marcante, sem dúvida, é a de Elton Jonh cantando Pinball Wizard. Essa ?relíquia? acaba e ser lançada em bancas numa excelente edição com áudio DTS e imagens perfeitas. A ópera-rock é formada por um elenco de astros, é baseada no disco homônimo de 1969 da banda inglesa The Who. Uma pedrada para os fãs. Ou um filme depressivo e aborrecido.
O interessante é que o vocalista do The Who, Roger Daltrey, chegou a ser indicado ao Globo de Ouro como ator estreante pelo papel de Tommy. Mas não foi muito longe. De quebra, curta o pastor interpretado por Eric Clapton.
Clapton aparece tocando e cantando dentro de uma igreja. Ele está cercado de imagens de santos, sendo um deles, Marylin Monroe. Nos anos 70, a censura brasileira não gostou da cena e a vetou ?por ofender a Igreja?.
O visual é barroco, as imagens são interessantes, mas não é um filme pra qualquer público. Não dá mais pra fazer viagens psicodélicas. Somente através do controle remoto.
Postado por Marbulgarelli
GODSPELL
25/09/2005 22:03
Marcelo Bulgarelli
Tem gente que jura ter se apaixonado pelo filme apesar de ter assistido uma só vez na vida, quando criança. A única cópia que andava pelas emissoras de tevê acabou se deteriorando. Além disso, o filme jamais esteve nas locadoras de vídeo do país. Até a edição em DVD está esgotada.
Tudo isso aumenta a áurea cult de Godspell A Esperança um musical de 1973 baseado na peça teatral homônima. Ao contrário de outras óperas-rock do período como Tommy e Jesus Cristo Superstar, Godspell jamais envelheceu.
O espírito hippie deixou o musical com alto astral. As músicas são belíssimas, incluindo o clássico Day by Day de Stephen Scharts.
Godspell faz uma interpretação do evangelho. Pra começar, Jesus (Victor Garber) surge com uma camisa do Superman.
João Batista (David Haskell) monta uma banda com jovens discípulos para seguir e divulgar os ensinamentos de Jesus. É uma trupe teatral que apresenta parábolas pelas ruas e pontos turísticos de Nova York no início da década de 70.
Godspell foi indicado a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 73. Depois, percorreu o mundo. Porém, muitos saudosistas só conseguiram ver o filme em suas remotas exibições pelas tevês Globo, Manchete e Cultura. Na versão para o teatro, Godspell se passe dentro de um circo.
Na internet, os fãs construíram sites curiosos, verdadeiras homenagens para todos os atores do filme. Em www.lisagarber. sites.uol.com.br é possível saber como andar os atores, verificar as letras das músicas, baixar algumas melodias e fotos.
A trilha sonora foi lançada no Brasil em vinil, mas jamais em CD. Na internet, há discos importados com a trilha da peça teatral, com arranjos muito parecidos.
?Day by day, Oh Dear Lord,
Three things I pray
To see thee more clearly
Love thee more dearly
Follow thee more nearly
Day by day?
Postado por Marbulgarelli
SHAZAM, XERIFE & CIA
25/09/2005 22:01
A criançada da década de 70 tinha um sonho: uma bicicleta voadora! A idéia foi espalhada por dois heróis da tevê: Shazan & Xerife. A dupla chapliniana, interpretada por Paulo José e Flávio Migliaccio, manteve uma série na TV Globo durante dois anos.
Confesso que cheguei a conhecer pessoalmente o veículo da dupla, a famosa ?Camicleta?, uma mistura de caminhão com bicicleta. A minha turma do bairro chegou a montar algo (não muito) parecido. Só não saia do lugar.
Shazan, Xerife & Cia foi um programa criado pelo escritor Walter Negrão. Os dois personagens apareceram originalmente na novela ?O Primeiro Amor?, do mesmo autor. Nos últimos capítulos, os mecânicos trapalhões, Shazan e Xerife, voavam numa bicicleta mágica.
O Primeiro Amor foi ao ar na Globo em 1972. Shazan e Xerife, donos de uma oficina de conserto de bicicletas, conquistaram as crianças com as suas invenções. Na berlinda, é claro, a tal da bicicleta voadora. O sucesso foi tão grande que a dupla ganhou um seriado próprio após o fim da novela.
A novela O Primeiro Amor era protagonizada por Sérgio Cardoso e Aracy Balabanian. Um das idéias do autor foi popularizar a Caloi 10, com marchas. Até então, a bicicleta era usada apenas por atletas. A fábrica recebeu diversos pedidos e resolveu vender a bicicleta também no mercado interno.
A história contava com um grupo de jovens desajustados, liderados por Marcos Paulo. Do outro lado, estavam os ?bonzinhos?, Shazan e Xerife. Outro detalhe é que Paulo José e Flávio Migliaccio também criaram a própria roupa dos personagens. Shazan vestia macacão e Xerife calça listrada e gorro de meia.
Nos últimos 28 capítulos, porém, morreu o ator Sérgio Cardoso. Leonardo Villar o substituiu. A novela prosseguiu sem percalços.
?Quando passamos a fazer o seriado, tínhamos 50 a 60 pontos no Ibope, enquanto os Trapalhões, que estavam na Tupi, não passavam de três?, comparou Paulo José, em uma entrevista concedida ao Jornal do Brasil, vinte anos depois.
Em 1998, o autor Walter Negrão homenageou os 25 anos de criação de seus personagens com uma participação especial deles na novela Era uma Vez. Com direito a camicleta, Paulo José e Flávio Migliaccio.
Na memória, a música tema do seriado
Hey Shazan, herói de revista em quadrinho. Hey Shazan, valete de espadas do amor. É que a vida lhe fez professor; é com você que todo mundo devia aprender as matérias do mundo; pois você tem diploma de amor, Shazan meu herói é você...
Postado por Marbulgarelli
DULCORA
25/09/2005 21:55
Marcelo Bulgarelli
Não faz muito tempo que a garotada adorava um dropes especial. Ele vinha com um furo no meio e a brincadeira era tentar enfiar a língua enquanto se chupava a guloseima. Tempos depois, os publicitários explicaram qual era o marketing do buraco no dropes: além do design, os furinhos representavam cerca de 15% de economia para o produto.
Mas o maior sucesso, sem dúvida, foi o dropes Dulcora, o único "embrulhadinho um a um" . Ou seja: as balas não grudavam uma nas outras. Era o máximo do luxo e conforto, sobretudo no escurinho do cinema quando ninguém queria perder a atenção do filme devido a um mísero dropes.
A campanha publicitária do Dulcora foi realizada pelo então publicitário Bresser Pereira. Isso mesmo, aquele que já foi duas vezes ministro.
O rádio e a TV anunciavam: "Dulcora, Dulcora, Dulcora... a delícia que o paladar .... Adooora!... Dulcora, Dulcora, Dulcora... A delícia que o paladar adora!".
O drops foi pioneiro na embalagem sem contato manual Esse detalhe, há 20 ou 30 anos, era fundamental. E como eram embrulhados um a um, não derretiam no bolso. Curiosidades à parte, é que já estamos na terceira ou quarta geração dos que cresceram junto à publicidade.
E para os mais saudosistas, é bom lembrar que o anúncio do dropes Dulcora acontecia nos intervalos do seriado National Kid, um super-herói ícone dos quarentões. (Ou seja, não é da minha época...)
Postado por Marbulgarelli
MONKEES
25/09/2005 21:35
Marcelo Bulgarelli
??Precisamos de quatro rapazes loucos entre 17 e 21 anos. Os que se enquadrarem dentro dos padrões exigidos devem procurar a NBC TV. O objetivo é de formar uma banda de rock. Os aprovados não precisam saber tocar instrumentos??.
Foi através de um anúncio desse tipo que Robert Rafelson e Ber Schneider, produtores da famosa emissora de TV americana, encontraram os ?quatro malucos? David Jones (30/12/46, Manchester, Inglaterra), Micky Dolenz (9/3/45, Los Angeles), Peter Tork (Washington) e Mike Nesmith (30/12/43). Os testes envolveram mais de 500 candidatos.
A proposta era formar uma banda para competir com os Beatles até no nome. E ao contrário do grupo inglês, conhecidos como ?Fabuloso Quarteto?, foram logo chamados de ? 0s Quatro Pré Fabricados?.Apenas Nesmith, um ex-recruta texano, sabia tocar algo na guitarra, apesar de ter sido apenas um recruta texano até então. David havia sido jóquei,Peter era professor universitário e apenas Micky havia começado sua carreira artística.
O filme piloto foi um sucesso, totalmente calcado em ?A Hard Day?s Night?, dos Beatles. Em seguida, teve inicio a produção dos seriados iniciado em setembro de 1966 e que só terminou em agosto de 1968. Um total de 58 episódios.
O primeiro sucesso musical do grupo foi|?Las Train to Clarksville? que chegou ao ?top? das paradas de sucesso além da música de abertura, ?Meets the Monkees? (?Hey, Hey, we?re the Monkees...?). O primeiro LP com o nome da banda, vendeu 8 milhões de cópias. Ao todo, o grupo gravou nove álbuns.
Os Monkees também fizeram grandes turnês pelos Estados Unidos e quem abria o show era um negro ainda desconhecido chamado Jimi Hendrix. E MichaelNesmith - aquele que sabia pelo menos tocar guitarra - é hoje o dono da ?Liquid paper?, o famoso corretor de documentos. Ele herdou US$ 50 milhões da mãe.
Mesmo um pouco mais gordos, o grupo ainda tem fãs. No Brasil, conta com Rosinha ?Monkees? Viegas, que David a chama de ?nossa amiga do Brasil?. Entrevistada várias vezes, montou um clube que já tem quase 200 sócios. Ela até já cuidou das meninas Amy, Charlotte, Emily e Georgia. As quatro são filhas de David.
Saiba Mais
Confira o site dos fãs do grupo - http://monkeesbrasil.net/
BARETTA
25/09/2005 21:32
Marcelo Bulgarelli e agências
Ele dividia a audiência com o Kojak, aquele detetive careca com mania de chupar pirulitos. Mas muitos preferiam o estilo de Baretta, personagem interpretado pelo ator Roberto Blake. A série teve 82 episódios entre 1975 e 1978. Mostrava o cotidiano de Tony Baretta.
O detetive fazia um estilo ?nojento e debochado?. Ironizava as situações enquanto vivia em um hotelzinho de quinta categoria junto com uma cacatua de estimação, o Fred. A ave branca era uma das atrações do seriado.
Mas a vida real não terminou bem para o ator Robert Blake, hoje com 71 anos. Na última segunda-feira, ele chorou em pleno tribunal. Ele é acusado de assassinar a própria esposa. Na sala de audiências em Los Angeles, os advogados dele apresentaram uma gravação em que Blake conversa com um visitante anônimo na cadeia.
De acordo com as agencias internacionais, o ator foi acusado do assassinato de Bonny Lee Bakley. Ela era a mãe de sua filha de 6 anos -reconhecida após um exame de DNA- em 2002. Bakley morreu em 2001.
Na gravação, Blake foi ouvido dizendo que ?aqueles monstros nunca vão pegá-la? -ele se referia à família de sua esposa, que pretende obter a guarda de sua filha, segundo seus advogados.
Também foi exibida uma entrevista que Blake deu à Barbara Walters em 2003. Ele relatou, naquela ocasião, como o casamento estava bem, que ele e a mulher estavam resolvendo os problemas comuns de qualquer casal e que planejavam se mudar para a Califórnia. Foi após essa exibição que ele chorou perante o juiz.
Mais cedo, a acusação apresentou provas de que Blake descontou US$ 126 mil em cheques seis meses antes da morte da mulher. A suspeita é de que o dinheiro foi usado para contratar alguém para matá-la. Triste fim para Baretta. E que fim levou a cacatua?
URI
URI GUELLER
25/09/2005 21:29
Você se lembra? Foi no dia 15 de julho de 1976. Toda a família reunida em torno do aparelho da tevê, em horário nobre. As crianças alvoroçadas. Cada um segurando firmemente um garfo ou colher na tentativa de entorta-los por meio da concentração. E na tela da tevê, o israelense Uri Geller, o mais famoso paranormal do mundo.
Além de entortar os garfos de nossas mães, prometia ainda fazer o relógio do vovô funcionar. E olha que muita gente andou entortando garfos graças ao israelense, personagem principal do programa Fantástico dos velhos tempos.
O homem ainda está na ativa. Em 96, afirmou que conseguiu parar, através de mentalização, o Big Ben, em Londres, apesar de estar em Tel Aviv. Seria mais uma embromação? Revistas sérias como a ?Nature? garantem que não. Na época em que Geller esteve no Brasil, ela publicou um ensaio de cientistas afirmando que o israelense não usava truques.
A mania dele, realmente, é de entortar as coisas. Certa vez, colocou 5 mil talheres entortados em um Cadillac. O carro havia sido comprado no auge da carreira, nos anos 70, mas nunca fora utilizado. Está em um museu na cidade de Jerusalém.
Geller, quando veio ao Brasil para entortar coisas, teve uma audiência de quase 15 milhões de telespectadores. Várias fenômenos físicos foram registrados durante a apresentação. Em Porto Alegre, o ventilador de um telespectador ligou sozinho, pegou fogo e derreteu. No Rio, a emissora passou a transmitir em língua estranha. Ou seja: o paranormal recebeu um bom cachê para bagunçar o coreto dos brasileiros. Mas nem sempre ele se deu bem. Em sua turnê, foi expulso de um hotel de Presidente Prudente após entortar as colheres do restaurante.
Hoje, aos 57 anos, ele já não é mais tão respeitado, apesar de ter visitado novamente o Brasil em outras ocasiões. Há 13 anos, um dos diretores do Departamento de Física da Universidade de Tel Aviv teria descoberto o segredo de Geller. O parapsicólogo usava halóide metálico, um líquido que enfraquece o metal dos talheres até eles se dobrarem. Perdeu a graça... um líquido (halóide metálico) que, em contato com o metal, enfraqueceria sua estrutura, fazendo-o dobrar-se.
Marcelo Bulgarelli / O Diário do Norte do Paraná
Postado por Marbulgarelli
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VEJA O VÍDEO AQUI
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THUNDERBIRDS
25/09/2005 21:27
Quem está faixa dos 40 deve se lembrar daquelas séries de aventuras protagonizadas por marionetes. Os personagens criados por Gerry Anderson viraram uma febre. Diariamente, a TV Tupi exibia um episódio de Joe 90, Capitão Escarlate e, principalmente, Thunderbirds. Eram as aventuras da família Tracy e seus fantásticos foguetes.
A turma era liderada pelo patriarca, o ex-astronauta Jeff Tracy. Ele comandava os cinco filhos e ainda contava com a agente Lady Penélope. Formavam a equipe do Resgate Internacional, uma organização secreta baseada em uma ilha. Realizava missões na terra, no ar, no mar e até no espaço. Melhor ainda, são os roteiros. Ação inteligente e sem exageros.
Mas os saudosistas têm o que comemorar. A MGM/Fox está lançando uma caixa dedicada à série, originalmente exibida entre 1965 e 66. De quebra, dois longas: Thunderbirds em Ação e Thunderbird 6'.
Em DVD, as cores e os cuidados cenográficos ganharam uma nova dimensão. Aliás, o trabalho é quase artesanal, a começar pelos bonecos que mediam 45 centímetros.
O DVD tem comentários do diretor, da produtora Sylvia Anderson, detalhes da produção e galeria de fotos animada. O preço que não é nada saudosista. A caixinha custa R$ 70, em média.
Postado por Marbulgarelli
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TOPO GIGIO
Ele foi uma febre em 1970 e ainda tentou retornar na década de 80, mas sem o mesmo resultado. Em 1969 o simpático ratinho Topo Gigio estreava no programa “Mister Show” da novata emissora Rede Globo. No comando do programa, Agildo Ribeiro sob a direção de Augusto Cesar Vannucci.
A presença de Agildo Ribeiro logo foi abafada diante da presença do falante Gigio. Ele cantava “Chove Chuva” de Jorge Benjor (na época, ainda Ben), “Meu Limão, Meu Limoeiro” e outros sucessos do final dos anos 60.
Topo Gigio era uma marionete de pano com 30 centímetros de altura, criada na Itália por Maria Perego. Daí o seu sotaque italiano. Teve diversas versões. Nos Estados Unidos, ganhou fama no programa de Ed Sulivann. Hoje, um brinquedo de Gigio daquela época é disputado a tapa em leilões da internet.
No Brasil, foi ídolo da criançada. Sua participação ao lado de Agildo durava apenas 15 minutos. As cenas eram gravadas previamente para não revelar os truques de manipulação. O momento máximo era despedida: Gigio sempre pedia “um beijinho de boa noite” balançando a perninha.
Porém, a turma do O Pasquim – jornal satírico e de oposição ao regime militar – não poupou o ratinho. Ziraldo e Cia achavam que Gigio era meio gay. Na verdade, a politização da redação do Pasquim jamais admitiria um personagem “direitinho” adotado pelas famílias de classe média num período tão negro da história.
Gigio se despediu no final de 1970, levando uma trouxinha no ombro. Choradeira geral diante da telinha. Voltaria em 1983 na Bandeirantes, sem o mesmo carisma.
Versão 1987
TUNEL DO TEMPO
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